MEMORIAL SANTUÁRIO BASÍLICA BOM JESUS DO LIVRAMENTO
Dentre as inovações inseridas no Santuário Basílica de Liberdade está o MEMORIAL inaugurado e abençoado no dia 03/09/2019 pelo Sr. Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora, Dom Gil Antonio Moreira. Trata-se de ideia nascida do coração e mente do Reitor Pe. IVAIR CAROLINO e concretizada pela brilhante atuação profissional do museólogo LÚCIO FLÁVIO SILVA, natural do município de Liberdade e formado na Universidade Federal de Minas Gerais (Belo Horizonte) Deixou registrado naquele espaço mensagem de seguinte teor:
“ A exposição aqui apresentada é parte integrante de um processo com diversas camadas de valorização patrimonial que vem se desenvolvendo desde o ano 2011 (...) A conceituação do Memorial está alicerçada na inserção do espaço religioso do santuário Basílica não como um ponto isolado na história de Liberdade e seus arredores mas sim em um espaço plural – simbólico, histórico, museólogo, social e religioso de importante representação a nível nacional. A narrativa expográfica buscou ressignificar peças que não exercem mais funções junto ao culto, sendo as mesmas importantes vestígios de expressão material cuja temporalidade alcança mais de dois séculos de existência e com sua trajetória romperam as fronteiras do contexto exclusivo da vivência religiosa (...)”
No mesmo local, encontra-se, também, manifestação do Exmo. Arcebispo Dom Gil Antônio Moreira assegurando que a organização de um Memorial na paróquia Bom Jesus do Livramento é “ feliz iniciativa de Pe. Ivair Carolino e seus Conselhos Paroquiais, pois marcará para sempre a história da Paróquia, do Santuário e da Basílica ... e tornará visíveis peças e documentos que registram o caminhar histórico da devoção aqui praticada há mais de 200 anos, desde quando a linda imagem foi esculpida, aprovada e abençoada como símbolo do extremo amor de Deus pela humanidade, sobretudo pelos sofredores necessitados de uma bênção que os livre das situações difíceis”
O Memorial pode ser visitado em qualquer dia.
PARÓQUIA - COMUNIDADE DE COMUNIDADES
A partir deste Menu, o Portal SBJL fará um resumo das comunidades paroquiais de Liberdade. Isto porque, desde o final do século passado a Igreja Católica vem sentindo necessidade de fazer de cada paróquia uma “rede de comunidades” eclesiais atuantes, com ardor missionário, cheias de força e coragem que lhes venha do próprio Cristo Jesus.
Igual preocupação demonstra a Igreja da América Latina neste terceiro milênio da Era Cristã quando bispos reunidos em Aparecida - entre eles estava o, agora, Papa Francisco - deixaram registrado o desejo de que paróquias sejam “ uma rede de comunidades e grupos, capazes de se articular conseguindo que seus membros se sintam realmente discípulos e missionários de Jesus Cristo em comunhão” (Documento de Aparecida, 172). Também o 1º Sínodo da Arquidiocese de Juiz de Fora lançou olhar especial sobre o tema alertando ser necessário buscar verdadeira renovação das paróquias, descentralizando-se serviços e lugares de evangelização, fortalecendo comunidades existentes e criando novas onde for necessário, tudo na perspectiva de paróquias ou comunidades serem lugar de evangelização e santificação do povo.
Paróquia, na sua definição canônica, é uma comunidade de fiéis, criada e constituída sob autoridade do Bispo e confiada ao cuidado pastoral de um pároco a quem cabe o múnus de ensinar, santificar e governar, ajudado por cristãos leigos que compõem conselhos pastoral e econômico, ministérios, associações, equipes de pastorais e serviços. Não se limita ao espaço físico de uma igreja paroquial que, no caso de Liberdade, é o próprio Santuário mas é formada pelas diversas comunidades espalhadas no seu território, cada qual com vida e costumes próprios mas unidas entre si como elo ou nó de uma rede de pesca, formando uma só família na força do Espírito Santo.
Essas células da Igreja local são identificadas como COMUNIDADE quando têm sua capela própria (lugar de culto); sem esse espaço apropriado para oração e celebração da Palavra e da Eucaristia recebem teoricamente o nome de Área Missionária, embora, na prática, seus componentes se considerem comunidade de fato e se comportem como tal, como acontece na Paróquia de Liberdade com as famílias católicas dos bairros São Benedito (Hospital), Santa Maria (antiga Estação), São Gonçalo (Beira Rio) e Santa Rita (Copasa).
Assim, fica bem claro que a Igreja reconhece a importância de cada comunidade na vida de uma paróquia organizada; nenhuma é melhor que outra; todas, grandes ou pequenas, devem ser consideradas importantes na estrutura paroquial.
Fonte: Documento Sinodal, Documento de Aparecida e Curso de Liderança Cristã da Arquidiocese de Juiz de Fora
Texto: José Cunha de Campos