AUGUSTO PESTANA

23/10/2015 12:00

    Na década de 1890 o Governo brasileiro começou a abrir estrada de ferro que ligasse Angra dos Reis  (mar)  até  Goiás (coração do Brasil), passando por Barra Mansa. A construção desta ferrovia desbravou matas,  escavou rochas,  subiu montanhas   e chegou ao ponto mais alto da  Mantiqueira, na  Freguesia de Livramento, atual município de Liberdade.  Ali a obra foi lenta  devido  a  rochas, terreno acidentado,  abertura  de dois túneis,   erro  de traçado que originou a “linha perdida” que deveria passar dentro do distrito de Liberdade. Demorou anos e atraiu empreiteiros, trabalhadores e famílias que foram se fixando nas redondezas.
    Em 1915 foi inaugurado, no  alto da serra, um prédio para estação que recebeu nome homenageando engenheiro  AUGUSTO PESTANA.  Assim se formou o povoado que progrediu e tornou-se ponto de comércio forte!. Dois trens diários ligavam Lavras a Barra Mansa e  faziam parada ali  para embarque e desembarque  de passageiros ou cargas, fazendo  ligação por estrada de terra  com  Liberdade e Bocaina de Minas.
    Entretanto, faltava um local onde a população pudesse se reunir para praticar sua religião. Então, abastado morador, em 1946,  construiu  para si e sua família  uma  capela em honra  a  Nossa Senhora Aparecida e, mudando-se para Barra Mansa,  entregou o templo para a Paróquia de  Liberdade.  A partir de então,  a  população  passou  a ter maior atendimento religioso, com celebração  de missas e ministração de sacramentos.
    Certo dia, a decepção chegou por um dos trens: a ordem da  Rede Ferroviária extinguindo o transporte  de passageiros no trecho. De tal modo,  muitas pessoas foram embora.  O movimento comercial acabou e  a  população restante teve de buscar trabalho em outros lugares.  Porém, permaneceu  firme no povo da velha Augusto Pestana a  fé  que anima e a devoção a Nossa Senhora infundindo nas pessoas o sentido de pertença àquela comunidade  que,  unida  às  outras,  ajuda a formar a Igreja.  Atualmente, a capela está  melhorada e anexou-se a ela um espaço coberto para facilitar realização de leilões ou confraternização  pois, embora a população local tenha diminuído, o lugarejo recebe com alegria  visitantes da vizinhança para missas,  festas  ou celebrações.     Com especial devoção e  animação,  o povo tem  gosto  de celebrar a cada ano a Festa em honra  à padroeira.  No dia a dia, líderes e coordenadores continuam  trabalho missionário de ministrar catequese  e formar sua boa gente  na vivência  dos ensinamentos cristãos.