SOBERBO

23/10/2015 15:04

    Já que nem os mais antigos moradores sabem por que se deu nome de “Soberbo” àquelas cercanias que se espalham misturando as divisas de Bocaina de Minas e Liberdade, pode-se evocar como possível causa de sua denominação a altivez dos morros que circundam o lugar, píncaros apostando entre si quem é mais soberbo dentre todos. Altivas são suas árvores apontando para o céu e sublime o silêncio que canta na natureza enfeitada com minas e cascatas e faz a alma se sentir mais perto da grandiosidade do Criador.
    Há anos, bom número de famílias já habitava aquela região, porém em casas longe umas das outras e sem assistência religiosa. Por volta de 1962, missionário redentorista, caminhando a pé de Bocaina de Minas para Augusto Pestana, encontrou água cristalina saindo de uma pedra. Bebeu dela e a abençoou, pedindo que o povo fizesse ali uma gruta com imagem homenageando Nossa Senhora de Lourdes. Com sacrifício, a comunidade assim fez e, com apoio de pároco de Bocaina, a gruta passou a ser ponto de referência para pessoas rezarem terços, fazerem novenas e participarem de missas celebradas por sacerdotes de Bocaina e Liberdade.  Apesar da gruta, o povo desejava ter sua capela própria, num lugar mais central.  Demorou bastante, mas, a partir de 1984, animados pelo Espírito Santo em pregações de Santas Missões, os moradores se organizaram como comunidade eclesial, criando pastoral do dízimo, preparação para batizados, 1ª eucaristia, crisma e casamentos e ganharam de caridoso paroquiano (recentemente falecido) um terreno plano, à beira da estrada. Após leilões, bingos e pedidos de doações, conseguiram construir a desejada capela que dedicaram a Nossa Senhora de Lourdes (a mesma da grutinha), cujo dia de veneração é 11 de fevereiro.
    Depois da Capela ser abençoada e mobiliada pela Paróquia de Bocaina, o atendimento pastoral foi transferido definitivamente para a Paróquia de Liberdade. A partir daí a Comunidade de “Soberbo” participa de celebrações da Palavra, missas e outros santos sacramentos, sempre com carinho, piedade e entusiasmo.  Faz parte da sua vida cristã o gosto de se reunir para a Santa Missa no 3º domingo de cada mês.  Em julho, celebra com ardor a sua Festa do Ano, aproveitando espaço anexo recentemente construído. No dia a dia, pessoas voluntárias não se descuidam da catequese e da organização do Dízimo, fazendo-se célula viva da Igreja católica para formar a grande FAMÍLIA BOM JESUS.